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Abcdário Musical

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Bob Dylan


Bob Dylan - Biografia e seu indiscutível talento musical


Neto de imigrantes russos judeus, Dylan nasceu Robert Allen Zimmerman, no dia 24 de maio de 1941 em Duluth, Minnesota. Começou escrevendo poemas em torno dos dez anos de idade, e se auto instruiu em piano e guitarra no começo de sua adolescência. Caindo na mágica de Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, e outras estrelas do rock, ele formou suas próprias bandas, incluindo o "Golden Chords and Elston Gunn" e "His Rock Boopers".O jovem Zimmerman rumou à Universidade de Minnesota, em Minneapolis, no outono de 1959. As visões e sons da grande cidade abriram novos horizontes para ele, o inspirando a se aprofundar nas raízes do rock contemporâneo, ouvindo o trabalho de artistas de country, rock e folk, entre eles pioneiros como Hank Williams, Robert Johnson e Woody Guthrie.O músico começou a se apresentar como artista solo, já com trabalho próprio, em bares locais, em posse de um violão e uma gaita, e expressando uma voz nasal que se tornaria sua marca registrada. Foi em torno dessa época, também, que ele adotou o nome artístico de Bob Dylan. No ano posterior, largou a universidade e mudou-se para Nova Iorque até que, em novembro de 1961, assinou seu primeiro contrato, com a Columbia Records. O resultado, lançado no início de 1962, foi um disco sombrio e obsessivo, que soava mais como o trabalho de um cantor negro de blues do que o de um jovem artista.Mesmo tendo sido um álbum promissor, seu primeiro trabalho não preparou ninguém para a obra-prima que viria em seguida. “The Freewhellin´ Bob Dylan”, lançado no ano seguinte, trazia alguns dos hinos que embalaram os anos 60, como "Blowin´ in the Wind" e "A Hard Rain´s A-Gonna Fall.O próximo álbum de Dylan, “The Times They Are A-Changin’”, manteve as expectativas e os destaques ficaram a faixa título e "The Lonesome Death of Hattie Carroll", ambas com fortes mensagens de protesto. Em 1964, chega “Another Side of Bob Dylan” um disco introspectivo, que fugia de rótulos e, no começo de 1965, o músico entra em estúdio com uma banda de nove integrantes para gravar “Bringin It All Back Home”, um álbum bastante variado, que trouxe clássicos como "Subterranean Homesick Blues", "Mr. Tambourine Man" e "It´s All Over Now, Baby Blue". Na seqüência veio “Highway 61 Revisited”, que trouxe o ‘hit’ "Like a Rolling Stone".Um acidente quase fatal de moto no dia 29 de julho de 1966 acabou afastando Dylan do cenário musical por alguns meses, mas ele não se abalou e, após o country “Nashville Skyline”, o vocalista compõe um dos maiores sucessos de toda sua carreira musical, o single “Knockin´ on Heaven´s Door”, regravado posteriormente por diversos artistas. Continuando a ótima fase, o ao vivo “Before the Flood” chegou à terceira posição da parada da Billboard e “Blood on the Tracks” foi considerado um dos trabalhos mais importantes do compositor.Outros discos também de fundamental importância foram “Desire” e “Slow Train Comming” e “Infidels”, de 1983, co-produzido por Mark Knopler, do Dire Straits. Durante toda a década de 80, Dylan se apresentou em grandes shows e continuou gravando discos regularmente, porém, sem o mesmo impacto de antigamente. Os anos 90 começam com algumas coletâneas e discos ao vivo até que, em 1995, é realizado o “MTV Unplugged”, que dá um novo ânimo ao artista.Em 1997, Bob Dylan foi hospitalizado devido a um problema cardíaco, mas recuperou-se a tempo de se apresentar em Roma, numa performance presenciada pelo Papa João Paulo II. Em 2001, o inédito “Love and Theft” chega às lojas e mostra que, apesar do tempo de estrada, o músico ainda tem criatividade de sobra e o álbum é indicado ao Grammy como o melhor disco do ano.


*Biografia II-


Robert Allen Zimmerman, mais conhecido como Bob Dylan, (Duluth, 24 de maio de 1941) é um cantor e compositor americano.Nascido no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus-russos, aos dez anos de idade Dylan escreveu seus primeiros poemas e ainda adolescente, aprendeu piano e guitarra sozinho. Começou cantando em grupos de rock, imitando Little Richard e Buddy Holly, mas quando foi para a Universidade de Mineapólis em 1959, voltou-se para a folk music, impressionado com a obra musical do lendário cantador folk Woody Guthrie, a quem foi visitar em New York em 1961.Dylan já lançou mais de 45 álbuns desde 1962, quando lançou seu primeiro disco, “Bob Dylan”, dedicado ao folk tradicional. Seu segundo álbum, “The Freewhellin’ Bob Dylan”(1963), contendo apenas canções de sua autoria, consagrou o músico com o hit “Blowin’ in the Wind”, que se tornou um hino do movimento dos direitos civis. Além desta, canções como “A hards-rain a gonna-fall”, “Masters Of War”, entre outras, tornaram-se clássicas como músicas de “protesto”, embora Dylan mais tarde recusasse o rótulo de “cantor de protesto”. Estas músicas, que entre outras compostas por ele, abordavam temas sociais e políticos numa linguagem musical poética, o tornaram um fenômeno entre os jovens artistas folk da época, levando-o ao estrelato folk, principalmente após sua participação no Newport Folk Festival de 1963, onde foi promovido pela “rainha” folk da época, a cantora Joan Baez. O sucesso do álbum “The Times They Are-A-Changing” (1964) apenas consolidou esta posição.Mas logo Dylan mudou de rumos artísticos, afastando-se do movimento folk de protesto e voltando-se para canções mais pessoais, instrospectivas, ligadas a uma visão muito particular de mundo. As questões sócio-políticas de seu tempo: racismo, guerra fria, guerra do Vietnã, injustiça social, cedem espaço para a temática das desilusões amorosas, amores perdidos, vagabundos errantes, liberdade pessoal, viagens oníricas e surrealistas, embaladas pela influência da poesia beat. Esta transição se dá entre 1964 e 1966, quando Dylan eletrifica a sua música, passa a tocar com uma banda de blues-rock como apoio e choca a platéia folk, com sua aproximação ao rock. Na época, muitos ignoravam que Dylan já havia tocado rock’roll na adolescência e apreciava artistas country como Johnny Cash, que já trabalhavam com instrumentos elétricos desde os anos 50. O sucesso dos Beatles e demais roqueiros britânicos na releitura do rock americano também chamaram-lhe a atenção. Em compensação, foi aclamado pela crítica, ampliou o seu público (mesmo sendo chamado de “traidor” por fãs do Dylan cantador folk), tornando-se cada vez mais influente entre artistas contemporãneos (John Lennon que o diga) e lançando os mais apreciados discos de sua carreira, com uma série de canções clássicas de seu repertório: “Maggie’s Farm”, “Subterranean Homesick Blues”, “Gates of Eden”, “It’s Alright Ma (I’m Only Bleeding)”, “Mr. Tambourine Man”, “Ballad Of A Thin Man”, “Like a Roling Stone”, “Just Like a Woman”, entre outras, lançadas em seus álbuns mais inspirados: “Bringing It All Back Home” e “Highway 61 Revisited” de 1965 e o duplo “Blonde on Blonde”, de 1966.Em maio de 1966, após uma tumultuada turnê pela Inglaterra, devido ao formato rock dos shows, Dylan sofreu um grave acidente de moto que o afastou dos palcos e gravações até 1968. Em seu retorno, supreendeu público e crítica com o álbum “John Wesling Hardin”, fortemente influenciado pelo country, tendência que acentuou-se no trabalho seguinte, “Nashville Skyline”, que trouxe o clássico “Lay Lady Lay” para as paradas. Limitando-se a apresentações esporádicas, das quais a mais importante foi sua participação no Festival da Ilha de Wight em agosto de 1969, além de sua participação no Concerto para Bangladesh, organizado por George Harrison em 1971, Dylan só voltaria a realizar turnês em 1974.O que produziu no início dos anos 70 não foi bem recebido pela crítica, considerado muito abaixo de seus melhores momentos. Apenas algumas canções destacam-se: “If Not For You” (1970), “Knockin’ on Heaven’s Door” (1973), “Forever Young” (1974). Mas ao voltar as turnês, acompanhado pelo grupo The Band, retorna a evidência e ao sucesso, principalmente pelo elogiado duplo ao vivo “Before the Flood” (1974). Na retomada da carreira de forma mais ativa, Dylan produz “Blood On Tracks” (1975) e “Desire” (1976), seus melhores discos nos anos 70, aclamados pela crítica. Deste último, a canção “Hurricane”, baseado na história de Rubin Carter, um boxeador negro preso injustamente, foi um sucesso espetacular, ao mesmo tempo que a turnê Roling Thunder Revue (75/76) era aclamada por crítica e público.Mas após seu divórcio em 1977, da esposa Sara Lownes, com quem era casado desde 1965, Dylan viveu uma grande crise pessoal, que refletiu-se em seu trabalho artístico. Depois de uma turnê mundial em 1978, em parte registrada no duplo ao vivo “At Budokan” (gravado no Japão), ele voltou-se para a música gospel, ao converter-se e se filiar a uma igreja. Foi o período mais controverso e polêmico de sua carreira, principalmente por Dylan afastar-se de seu repertório clássico e investir em canções religiosas. Nesta nova fase, “Slow Train” (1979) ainda traz momentos inspirados: a canção “Gotta Serve Somebody” ganhou um Grammy, mas os discos seguintes são irregulares.Com “Infidels”, de 1983, Dylan afasta-se da fé cristã, volta-se inesperadamente para as suas raízes judaicas e parece reencontrar certo equilíbrio artístico. Bem recebido pela crítica, é considerado seu melhor álbum desde Desire. As apresentações ao vivo, em que volta a interpretar suas canções clássicas, marcam uma reconcialiação com seu público. Dylan continua a gravar regularmente, buscando uma sonoridade “made anos 80” ao mesmo tempo em que tenta preservar seu estilo. “Down In The Grovy”, álbum de 1988, passou despercebido, contém várias covers, mas equivale a uma declaração de princípios, com canções de folk-rock, gospel, rock, que demarcam os gostos artísticos preferenciais do artista. Depois de uma turnê com a lendária banda californiana Grateful Dead, ele lança o álbum “Oh Mercy” (1989), elogiado pela qualidade inesperada das canções e volta às paradas com o super-grupo Traveling Wilburys, formado com os amigos George Harrison, Tom Petty, além de Jeff Lynne e Roy Orbison.No início dos anos 90, Bob Dylan parece dar uma “parada” na carreira. Para comemorar e fazer um balanço de seus 30 anos de trajetória, ele volta a gravar folk tradicional, acústico, sem importar-se com o pouco apelo comercial deste gênero nos dias atuais. Em 1992 é realizado um show-tributo em grande estilo, com a participação de várias nomes do rock, country e do soul cantando suas músicas: Eric Clapton, Stevie Wonder, Neil Young, Willie Nelson, Lou Reed, Eddie Vedder entre outros.Depois do acústico produzido para a MTV em 1994, Dylan só voltaria com um CD de inéditas em 1997. O álbum “Time Out Of Mind” ganharia vários prêmios Grammy e foi considerado por muitos uma nova ressurreição artística, confirmada pela qualidade de “Love and Theft” (2001). Neste mesmo ano a revista Rolling Stone publicou uma lista com as 500 melhores músicas da história e em primeiro lugar ficou Like a Rolling Stone, de Bob Dylan. Atualmente registra-se um novo interesse pela vida e obra de Dylan, com o lançamento oficial de várias gravações piratas, além do lançamento do documentário “No Direction Home”, de Martin Scorsese, que flagra os anos iniciais de sua carreira (1961-1966) e, mais recentemente, com “Modern Times”, seu novo álbum lançado em 2006, com o qual, pela quarta vez na carreira, Dylan conquistou a liderança do ranking dos mais vendidos dos Estados Unidos, vendendo 192,000 cópias na primeira semana. A última vez que Dylan tinha alcançado a liderança nos Estados Unidos, foi com o álbum “Desire”, de 1976, que ficou 5 semanas no topo das paradas. Antes disso, alcançou o primeiro lugar com o clássico disco “Blood On The Tracks”, em 1975, e com “Planet Waves”, no ano anterior,riqueza musical.

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