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Abcdário Musical

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Cranberries ( The )

A história musical do Cranberries começou em 1990, na Irlanda, mas logo depois, o grupo Cranberries Saw Us, formado pelos amigos Noel Hogan (guitarra), Michael Hogan (baixo) e Fergal Patrick Lawler (bateria e percussão) ficou sem o vocalista Niall, que resolveu seguir outros rumos. Antes de sair da banda, porém, indicou uma amiga da namorada para ficar em seu lugar. Era Dolores O’Riordan, que cantava desde os três anos de idade e estava à procura de uma oportunidade.

O grupo marcou um ensaio com ela para ver se gostavam do seu estilo. Dolores, uma adolescente que ainda freqüentava a escola, entrou com seu teclado e, pouco tempo depois, não havia dúvidas de que ela era a pessoa que faltava. A primeira música de sucesso da banda, “Linger”, composta por eles mesmos, que se tornou mais tarde o maior hit da carreira do grupo.

O primeiro show foi em setembro do mesmo ano. Logo no início, a parceria nas composições de Dolores e Noel aflorou. Elas entraram na primeira demo, com seis canções, que foram distribuídas para algumas gravadoras e selos. Em 1991, a Island Records se interessou pelo material e fechou um contrato que previa o lançamento de seis discos do grupo.

Com novo nome, Cranberries, a primeira atividade foi uma turnê britânica. Logo estavam nos Estados Unidos para a primeira apresentação do outro lado do Atlântico. Em outubro de 1991, o grupo lançou quatro músicas no disco “Incertain”.

O início do ano seguinte foi dedicado a achar um estúdio onde pudessem produzir o disco de estréia, mas não estavam conseguindo dar vida às primeiras músicas. Eles decidiram, então, procurar um novo produtor e chamaram Stephen Street, do The Smiths. O primeiro single a ficar pronto foi “Dreams”, que não passou pelas mãos de Stephen, recebeu elogios da crítica, mas não fez muito barulho entre os fãs.

Em 1993 saiu o segundo single, “Linger”, que repetiu o mesmo desempenho do anterior, chegou apenas à 74º posição britânica. Em março, o esperado disco de estréia chegava às lojas, “Everyone Is Doing It, So Why Can’t We?”. O reconhecimento do público e da crítica chegou aos poucos, enquanto o grupo fazia turnês pela Europa e Estados Unidos. Um ano após o lançamento, o disco atingiu o topo da parada britânica e depois conquistou os norte-americanos.

A partir daí, tanto a crítica quanto o público, estavam à espera de um trabalho que fosse tão bom quanto o primeiro, mas os integrantes eram muito novos, tinham entre 16 e 18 anos e Stephen Street foi chamado novamente. Embalado pela música “Zombie”, o segundo disco “No Need To Argue” saiu em outubro de 1994 e foi um tremendo sucesso. O clipe da música ganhou o MTV Video Music Award, e o álbum vendeu três vezes mais que o primeiro. O grupo saiu em turnê mundial no final do ano.

O ano seguinte não podia ser diferente, foram capa da Rolling Stones e convidados a gravar o MTV Unplugged. Ocupados ainda com a turnê, que terminou em setembro de 1995, o grupo tirou algumas semanas de folga antes de pensar no próximo disco. A mudança ficou na produção, com a saída de Stephen e a entrada de Bruce Fairbairn, que havia trabalhado com Aerosmith e Bon Jovi e acrescentou um pouco de rock norte-americano ao estilo da banda.

As letras do “To The Faithful Departed” refletiam o que o grupo passava, o cansaço e a falta de tempo para a vida pessoal. Naquela altura, o álbum de estréia tinha vendido seis milhões de cópias, e o segundo, o dobro. Uma turnê com 100 shows marcados o aguardavam, quando em uma apresentação em maio de 1996, Dolores machucou o joelho e a primeira parte da turnê precisou ser cancelada.

Eles decidiram tirar folga o resto do ano. Afinal, eram seis anos direto na estrada ou nos estúdios. Cada um cuidou de sua vida pessoal, um deles abriu um restaurante, outros se casaram e Dolores engravidou no início de 1997. Os boatos de que a banda tinha acabado logo surgiram, mas naquele mesmo ano, o grupo voltou a se reunir e a compor novamente. Sem o mesmo ritmo alucinante de antes, o disco, “Bury the Hatchet” só ficou pronto no final de 1998.

A turnê aconteceu no ano seguinte, após dois anos longe dos palcos. A carreira do grupo voltou ao normal, mas tudo era feito sem pressa. Os integrantes estavam preocupados também em cuidar da família que estavam construindo e uma nova pausa foi necessária porque Dolores engravidou novamente. O quinto disco, “Wake Up and Smell the Coffee”, chegou em 2001.

Sem disco com canções inéditas previsto, o grupo lançou um especial em 2002, “Stars - The Best of 1992 - 2002”, onde foram reunidas 17 canções que marcaram o sucesso do grupo, mais três bônus, entre elas, duas inéditas. O disco foi produzido por Stephen Street, Bruce Faribairn e Benedeict Fenner.

*Resumo:

The Cranberries
é uma banda irlandesa de rock alternativo que ganhou notoriedade durante a década de 1990. Em 2003, encerrou suas atividades temporariamente, sendo ainda indeterminado o provável retorno.

A banda é composta por Dolores Mary Eileen O’Riordan Burton (voz, tecladista e segunda guitarra), Michael Gerard Hogan (Baixo), Noel Anthony Hogan (Guitarra) e Fergal Patrick Lawler (Bateria).

Noel e Mike Hogan, dois irmãos de Limerick, idealizaram a banda em 1989 e a formam com o baterista Fergal Lawler em 1990. O nome original era The Cranberry Saw Us, o “saw us” fazendo um trocadilho com sauce, molho em inglês (vale lembrar que cranberry é fruta típica da ilha irlandesa). Dolores O’Riordan fez o teste e ganhou o papel de vocalista principal, compondo a letra de “Linger”. Sua voz é um elemento importante da sonoridade da banda.

O diferencial das canções do grupo está justamente na voz de Dolores, que é quase mais um instrumento do grupo. Diferente da delicada voz de Elizabeth Frazier ou da maliciosa voz de Björk, Dolores consegue passar do mínimo sussurro ao grito em um instante.

Ao longo dos treze anos de carreira a banda alcançou sucesso mundial através de cinco álbums:

- “Everybody Else Is Doing It, So Why Can’t We?” (1993), cujos singles foram “Dreams” (1992/1994) e “Linger” (1993);

- “No Need To Argue” (1994), cujos singles foram “Zombie” (1994), “Ode To My Family” (1994), “I Can’t Be With You” (1995) e “Ridiculous Thoughts” (1995);

- “To The Faithful Departed” (1996), com os singles “Salvation” (1996), “Free To Decide” (1996), “When You’re Gone” (1996) e “Hollywood” (1997);

- “Bury The Hatchet” (1999), com os singles “Promises” (1999), “Animal Instinct” (1999), “Just My Imagination” (1999) e “You And Me” (2000); e

- “Wake Up And Smell The Coffee” (2001), cujos singles foram “Analyse” (2001), “Time Is Ticking Out” (2002) e “This Is The Day” (2002).

Ainda em 2003 foram reunidos todos os singles em uma coletânea, que apresentava duas canções inéditas: “New New York”, sobre os atentados terroristas aos Estados Unidos e “Stars”, que virou single e entitulava a coletânea.

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