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Abcdário Musical

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Dalva de Oliveira


Biografia: Dalva de Oliveira

Vicentina Paula de Oliveira, conhecida como Dalva de Oliveira, (Rio Claro, 5 de maio de 1916 — 31 de agosto de 1972) foi uma maravilhosa cantora brasileira.
Casada com o compositor Herivelto Martins e mãe do cantor Pery Ribeiro.
Dalva revelou-se com um dos grandes nomes do gênero samba-canção. Comparado ao bolero pela exploração e exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo ou fossa. O samba-canção (surgido na década de 30) antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao fim da década de 50) com o qual Maysa Matarazzo já foi identificada. Entretanto, este último representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas, da dor-de-cotovelo e da melancolia.

O pai era saxofonista e clarinetista amador em Rio Claro (SP), e a menina acompanhava o conjunto do pai em serenatas e bailes. Com a morte do pai quando ela tinha apenas oito anos, foi para um orfanato e um pouco depois juntou-se à mãe em São Paulo, onde trabalhou como babá e arrumadeira de hotel e cozinheira. Arranjou um emprego de faxineira numa escola de dança, e lá constumava cantar e improvisar ao piano depois das aulas. Um professor a ouviu cantando e conseguiu que ela integrasse um grupo musical, com o qual viajou por algumas cidades do interior. O grupo acabou e, sem dinheiro, fez um teste para a Rádio Mineira, em Belo Horizonte. Foi aprovada e adotou o nome artístico que a consagraria. Mudou-se em seguida para o Rio de Janeiro e acabou arranjando uma vaga na Rádio Ipanema depois outras emissoras até parar na Philips. Na década de 30 formou o Trio de Ouro com Nilo Chagas e Herivelto Martins, com quem acabou casando. O grupo emplacou clássicos como "Praça Onze" (Herivelto/ Grande Otelo) e "Ave Maria no Morro" (Herivelto). Trabalhou nas principais rádios da então capital do país, cantou no famoso Cassino da Urca. Em fins de 49, separou-se de Herivelto e em 1950, lançou três grandes sucessos: "Errei Sim" (Ataulfo Alves), "Que Será" (Marino Pinto/ Mário Rossi) e "Tudo Acabado" (J. Piedade/ Oswaldo de Oliveira Martins). Fez sucesso ainda com "Segredo" (Herivelto/ Marino Pinto), "Olhos Verdes" (Vicente Paiva), "Ave Maria" (V. Paiva/ J. Redondo), "A Bahia Te Espera" (Herivelto/ Chianca de Garcia) e outras músicas. Em 1951 foi eleita Rainha do Rádio e excursionou pela Argentina e Europa. Outro grande sucesso foi a gravação do baião "Kalu" (Humberto Teixeira), acompanhada pela orquestra do maestro Roberto Inglez. Morou por um tempo em Buenos Aires, depois voltou ao Brasil nos anos 60 e continuou em atividade gravando sucessos como as marchas-rancho "Rancho da Praça Onze" (João Roberto Kelly/ Chico Anysio), "Máscara Negra" (Zé Keti/ Pereira Matos) e "Bandeira Branca" (M. Nunes/ L. Alves), do Carnaval de 1970, seu derradeiro e imortal sucesso. Até o fim da vida se apresentou em casa noturnas e programas de televisão. Em 1997, a EMI lançou uma caixa com suas principais gravações, intitulada "A Rainha da Voz".


*Curiosidades

Dalva de Oliveira dublou a primeira versão em português do desenho da Disney Branca de Neve e os Sete Anões mas somente os diálogos da personagem, as canções foram dubladas por Maria Clara Tati Jacome.

*Sucessos





  • Ave Maria, Jaime Redondo e Vicente Paiva (com Osvaldo Borba e Sua Orquestra) (1951)


  • Bandeira branca, Laércio Alves e Max Nunes (1970)


  • Brasil, Aldo Cabral e Benedito Lacerda (com Francisco Alves) (1939)


  • Confesion, Luis César Amadori e Enrique Santos Discépolo, versão de Lourival Faissal (1956)


  • Errei, sim, Ataulfo Alves (1950)


  • Estrela-do-mar, Marino Pinto e Paulo Soledade (1952)


  • Fim de comédia, Ataulfo Alves (1952)


  • Há um Deus (com Tom Jobim ao piano), Lupicínio Rodrigues (1957)


  • Kalu, Humberto Teixeira (1952)


  • Lencinho querido (El pañuelito), Juan de Dios Filiberto, Gabino Coria Peñaloza, versão de


  • Maugéri Neto (1956)


  • Máscara negra, Pereira Matos e Zé Kéti (1967)


  • Minha mãe, música de Lindolfo Gaya sobre poema de Casimiro de Abreu (1959)


  • Neste mesmo lugar, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1956)


  • Noites de junho, Alberto Ribeiro e João de Barro (1939)


  • Palhaço, Osvaldo Martins, Washington e Nelson Cavaquinho (1951)


  • Pedro, Antônio e João, Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago (com Regional de Benedito Lacerda) (1939)


  • Rancho da Praça XI, Chico Anysio e João Roberto Kelly (1965)


  • Que será?, Marino Pinto e Mário Rossi (1950)


  • Segredo, Herivelto Martins e Marino Pinto (1947)


  • Sertão de Jequié, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1950)


  • Tudo acabado, J. Piedade e Osvaldo Martins (1950)


  • Valsa da despedida (Auld lang syne), Robert Burns, versão de Alberto Ribeiro e João de Barro (com Francisco Alves) (1941)


  • Zum-zum, Marino Pinto e Paulo Soledade (1951)




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