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Abcdário Musical

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Egberto Gismonti




Biografia
Egberto Gismonti

De família musical, começou a estudar piano aos cinco anos. Ainda na infância e adolescência, seus estudos no Conservatório já incluíram flauta, clarinete, violão e piano. Em 1968, participou de um festival da TV Globo com a canção "O Sonho", que atraiu a atenção do público e elogios da crítica. Partiu nesse mesmo ano para a França, onde estudou música dodecafônica com Jean Barraqué e análise músical com Nadia Boulanger.
Em 1969
, lançou seu primeiro disco, Egberto Gismonti, com forte influência da Bossa Nova. O álbum, hoje cult, acabaria sendo uma de suas obras mais acessíveis, dado que, nos anos 1970, Gismonti se dedicaria a pesquisas musicais e experimentações com estruturas complexas e instrumentos inusitados, voltando-se quase exclusivamente para a música instrumental.
A hesitação das gravadoras brasileiras com o seu estilo o levou a procurar refúgio em selos europeus, pelos quais lançou vários álbuns pelas décadas seguintes. Gismonti explorou diversas avenidas da música, sempre imprimindo o seu interesse pessoal: o choro o levou a estudar o
violão de oito cordas e a flauta, a curiosidade com a tecnologia e a influência da Europa o levaram aos sintetizadores, a curiosidade com o folclore e as raízes do Brasil o levaram a estudar a música indígena do Brasil, tendo mesmo morado por um breve período com índios yawaiapiti, do Alto Xingu.
A carreira de Gismonti prosseguiu sólida - se não comercialmente explosiva - e o artista continuou gravando seus álbuns e participando de discos alheios, além de fazer turnês de sucesso, especialmente na Europa. Entre os músicos com os quais colaborou ou colaboraram com ele, destacam-se Naná Vasconcelos
, Marlui Miranda, Charlie Haden, Jan Garbarek, André Geraissati, Jaques Morelenbaum, Hermeto Pascoal, Airto Moreira e Flora Purim.
Gismonti nos anos 80 recomprou todo o seu repertório de composições e tornou-se um dos únicos compositores do país donos de seu próprio acervo. Ele relançou parte de sua discografia pelo seu próprio selo, Carmo. Muitos músicos vêm gravando suas composições recentemente.

Filho de pai libanês e mãe siciliana, Gismonti nasceu em 1947 na pequena cidade de Carmo, fronteira de Minas com Rio de Janeiro(Carmo é nome do selo que Egberto mantém há mais de uma década). Ele começou a estudar piano com cinco anos, depois foi a vez da flauta e clarinete e quando adolescente arriscou com o violão. Passou uma temporada em Paris onde desenvolveu sua técnica com a professora Nadia Boulanger. Depois da estadia francesa, Egberto voltou ao Brasil e começou a gravar sua obra dentro da temática brasileira e tocou com Airto Moreira e Flora Purim. A longa e frutífera associação de Gismonti com a ECM começou em 1976, quando ele gravou o aclamado "Dança das Cabeças", junto com o percussionista Naná Vasconcelos, só voltaram a gravar em 1985 com o álbum "Duas Vozes". Projetos posteriores trouxeram a Gismonti as colaborações de Jan Garbarek, Collin Walcott, Ralph Towner e Charlie Haden, com quem ele gravou o simples e singelo álbum, Folk Songs.Em 1981, ele realizou Sanfona, Com o grupo Academia de Danças, e um álbum solo: retratos de um artista, de dois ângulos diferentes. Nos anos noventa, os álbuns Infância e Música de Sobrevivência registraram a evolução do grupo, que, em ZigZag, está reduzido a um trio, com Nando Carneiro, Zeca Assumpção no baixo e Gismonti nas guitarras de 10 e 14 cordas e piano.

Ele é extraordinário, genialmente brasileiro.

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