Powered By Blogger

Abcdário Musical

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Gonzaguinha




Biografia Gonzaguinha

Luís Gonzaga do Nascimento Júnior, mais conhecido no universo musical como Gonzaguinha, (Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1945 — Renascença, (Paraná), 29 de abril de 1991) foi um cantor e compositor brasileiro.

Gonzaguinha era filho do também cantor e compositor Luiz Gonzaga
e de Odaléia Guedes dos Santos, cantora do Dancing Brasil, que morreu de tuberculose aos 22 anos. Acabou sendo criado pelos padrinhos Dina e Xavier.

Compôs a primeira canção Lembranças da Primavera aos catorze anos, e em 1961, com 16 anos foi morar em Cocotá com o pai para estudar. Voltou para o Rio de Janeiro para estudar Economia, pela Universidade Cândido Mendes. Na casa do psiquiatra Aluízio Porto Carrero, conheceu e se tornou amigo de Ivan Lins. Conheceu também a primeira mulher, Ângela, com quem teve dois filhos: Daniel e Fernanda. Teve depois uma filha com a atriz Sandra Pêra: Amora Pêra.

Foi nessa convivência na casa do psiquiatra, que fundou o Movimento Artístico Universitário (MAU), com
Aldir Blanc, Ivan Lins, Márcio Proença, Paulo Emílio e César Costa Filho
. Tal movimento teve importante papel na música popular do Brasil nos anos 70 e em 1971 resultou no programa na TV Globo Som livre exportação.

Característico pela postura de
crítica à ditadura, submeteu-se ao DOPS, assim, das 72 canções mostradas, 54 foram censuradas,
entre as quais o primeiro sucesso, "Comportamento Geral". Neste início de carreira, a apresentação agressiva e pouco agradável aos olhos da mídia lhe valeram o apelido de "cantor rancor", com canções ásperas, como "Piada infeliz" e "Erva rasteira". Com o começo da abertura política, na segunda metade da década de 1970, começou a modificar o discurso e a compor músicas de tom mais lírico, como "Começaria tudo outra vez", "Explode coração" e "Grito de alerta", e também temas de samba-enredo, como "O que é o que é" e "Nem o pobre nem o rei".

Teve músicas gravadas por muitos dos grandes intérpretes da MPB, como Maria Bethânia, Simone, Elis Regina, Fagner, e Joanna. Dentre estas, destaca-se Simone
com os grandes sucessos de Sangrando, Mulher, e daí e Começaria tudo outra vez, Da maior liberdade, É, Petúnia Resedá.

Em 1975 dispensou os empresários e se tornou um artista independente, o que fez em 1986, fundar o selo Moleque, pelo qual chegou a gravar dois trabalhos.

Nos últimos doze anos de vida, Gonzaguinha viveu em Belo Horizonte com a segunda mulher Louise Margarete Martins, Lelete e a filha deles, a caçula Mariana.

Morte prematura

Após uma apresentação em Pato Branco, no Paraná, Gonzaguinha morreu aos 45 anos
vítima de um acidente automobilístico às 07:30 horas do dia 29 de abril de 1991, entre as cidades de Renascença e Marmeleiro, enquanto dirigia o automóvel rumo à Foz do Iguaçu, encerrando tragicamente a brilhante carreira.


II-


Filho adotivo do Rei do Baião Luiz Gonzaga, foi criado pelos padrinhos, que o iniciaram na música. Freqüentou desde cedo os blocos e rodas de samba do Estácio, principalmente a Unidos de São Carlos. Mais tarde entrou na faculdade de economia e conheceu, na Tijuca, o compositor Ivan Lins e o letrista Aldir Blanc (todos integrantes do MAU - Movimento Artístico Universitário), com quem apresentaria, alguns anos mais tarde, o programa Som Livre Exportação, na TV Globo. Concorreu em 1968 no I Festival Universitário de Música Popular do Rio de Janeiro com "Pobreza por Pobreza", que chegou às finais. No ano seguinte, na segunda edição do festival, foi o vencedor com "O Trem". Fazendo carreira em festivais, concorreu em 1970 com "Um Abraço Terno em Você, Viu, Mãe?", lançada em um compacto. Em 1973 participou de um programa de televisão com a música "Comportamento Geral", uma incisiva crítica ao regime militar, que gerou polêmica e esgotou seu compacto que estava à venda com a música. Desde então Gonzaguinha sempre teve outros problemas com a censura. Ainda na década de 70 excursionou por todo o país e gravou, em 1976, o disco "Começaria Tudo Outra Vez", um dos maiores sucessos de sua carreira. Lançou 16 LPs e participou de outros tantos durante a vida, e depois de sua morte - em um acidente de carro - coletâneas e discos ao vivo foram lançados. Suas composições foram gravadas com êxito por diversos intérpretes, como Maria Bethânia, Fagner, Elis Regina, Simone, Joanna, As Frenéticas e outros. Entre elas, "A Felicidade Bate à Sua Porta", "Explode Coração", "Grito de Alerta", "Espere por Mim, Morena", "É", "Sangrando", "O Que É o Que É", "Um Homem Também Chora (Guerreiro Menino)".




Nenhum artista deve ser esquecido, parece que muitos tem a memória fraca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário