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Abcdário Musical

terça-feira, 9 de junho de 2009

Lenine

No universo musical, Lenine conquistou seu espaço e com mérito, conquista de público de todas as faixa etárias, como cantor e como compositor, Lenine é qualidade no meio a tanta quantidade que hoje existem.
Osvaldo Lenine Macedo Pimentel, conhecido apenas como Lenine, (Recife, 2 de fevereiro de 1959) é um cantor, compositor, arranjador e músico brasileiro.
Integrante da turma de roqueiros que tomavam as ruas da capital pernambucana nos anos 70 (de bandas como Ave Sangria e músicos como o guitarrista Robertinho do Recife), Lenine foi, assim como muitos de seus amigos, se interessando aos poucos pela MPB – em especial, aquela de cheia de sofisticação e energia, de Gilberto Gil e Milton Nascimento.
Em 1981, já morando no Rio de Janeiro, ele deu o primeiro passo de maior importância em sua carreira participando do festival MPB 81, da TV Globo, com a composição “Prova De Fogo”. No ano seguinte, lançou o seu primeiro LP, Baque Solto, gravado em parceria com o conterrâneo Lula Queiroga – mas infelizmente o disco não teve grande repercussão na época, apesar da força de músicas como a “Prova De Fogo” e “Trem Fantasma”.
Após uma participação também não muito bem-sucedida na banda de rock Xarada (que teve a música “Mal Necessário” incluída na trilha do filme Rock Estrela, de 1985), Lenine se retirou da mídia, só voltando em 1993, com o disco Olho de Peixe, dividido com o percussionista Marcos Suzano. Graças a esse álbum e ao fato de algumas músicas suas terem sido gravadas por Elba Ramalho (“Feitiço”), Margareth Menezes (“Nas Terras de Cabral”), Fernanda Abreu (“Jack Soul Brasileiro”), Badi Assad (“A Gandaia Das Ondas”) e Sergio Mendes (“Maracatudo”), o cantor, violonista e compositor acabou se destacando em meados da década de 90 como uma das promessas da nova MPB e chegou enfim ao seu primeiro disco solo em 1997: O Dia em que Faremos Contato, no qual misturou música eletrônica, samba e ritmos nordestinos e com o qual conseguiu seu primeiro grande sucesso sozinho, “Hoje eu Quero Sair Só”, embora músicas como “A Ponte”, “Balada do Cachorro Louco” e “Dois Olhos Negros” também tenham ficado bastante conhecidas por causa dos shows.
Dois anos depois, veio Na Pressão, disco em que ele repetiu o formato sonoro, apresentou músicas como “Paciência”, “Alzira E A Torre” e “Relampiano” (parceria com Paulinho Moska) e com o qual excursionou com sucesso pelo Brasil e exterior (especialmente Europa).
Em 2002, foi a vez de Falange Canibal, álbum em que Lenine recorreu a uma série de produtores e músicos, inclusive os integrantes do grupo americano de rock Living Colour. Músicas como “O Silêncio das Estrelas” e "Rosebud (o Verbo e a Verba)", parceria com o velho amigo Lula Queiroga, logo viraram sucessos.
Em 2004, apenas com o percussionista argentino Ramiro Musotto e a baixista cubana Yusa, Lenine gravou na Cité de La Musique, em Paris, o seu primeiro disco/DVD ao vivo, In Cité, em que cantou sucessos e também inéditas como "Do It".
Em 2005, ele lançou "Brésil, Brésils" (Brasil, Brasils), música que compôs, a convite, para o Ano do Brasil na França.


Fonte: site Sony BMG

Lenine teve seu som gravado por Elba , (primeira a gravar uma canção de sua autoria), depois vieram Fernanda Abreu, O Rappa, Milton Nascimento, Maria Rita, Maria Bethânia e muitos outros.
Produziu "Segundo" de Maria Rita, "De uns tempos pra cá" de Chico César, "Lonji" de Tcheka, cantor e compositor do Cabo Verde, e "Ponto Enredo" de Pedro Luis e a Parede.
Trabalhou em televisão com os diretores Guel Arraes e Jorge Furtado e José Márcio Alcântara. Para eles, fez a direção musical de "Caramuru a Invenção do Brasil" que depois de minissérie, virou um longa-metragem. Participou também da direção do musical de "Cambaio", musical de João Falcão e Adriana Falcão, baseado em canções de Chico Buarque e Edu Lobo. Ele é torcedor do Sport Recife, se fosse paulista será que ele sería corinthiano? Graaaaaaande Lenine.



* "Paciência"


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós

Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)

(Solo - piano)

Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei,a vida não para (a vida não para não... a vida
não para)

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